Caros leitores, antes que qualquer crítica seja feita, gostaria de deixar claro que este artigo, embora traga exemplos de fanatismo, não está comprando briga ou defendendo ninguém.
Este artigo tem o único objetivo de discutir e alertar sobre um problema perigoso que sempre esteve presente na história da humanidade quando a razão e a verdade são negadas em prol de um ou vários ídolos: eis o fanatismo.
Estão em toda parte, mas em algumas se destacam
Fanáticos aparecem em vários grupos, mas em nenhum outro isso é tão evidente quanto aos grupos políticos e religiosos. O surgimento de degenerados nesses grupos é alarmante, como podemos ver nos dias de hoje e sempre foi dessa forma há muitas gerações.
A essência do fanático
Para aqueles que não sabem, o fanático tem um apego absoluto e inquestionável para com o objeto de sua idolatria, seja ele humano ou não, fazendo tudo o que reza na cartilha de determinado ídolo, ignorando quaisquer erros relacionados sem jamais discordar ou criticar. Uma seita onde tudo é válido, se for em prol da entidade que é dona da mente do fanático.
O perigo que emana do fanatismo
Distorcer os fatos já é algo assustador para aqueles que acreditam na verdade, mas não é só por aí. Em casos extremos, os fanáticos podem chegar a destruir patrimônios, obras de arte, praticar obstrução da justiça, vandalismo, saquear, torturar e até matar pessoas.
Porque há tantos fanáticos?
Na minha análise, desde tempos imemoráveis, a humanidade sempre esteve em busca da figura de um “salvador”. Uma entidade ou pessoa que a guiasse em absoluto, resolvesse todos os problemas e trouxesse a verdadeira paz.
Entretanto, surgem indivíduos e ideias que trazem às pessoas uma falsa sensação de salvação. Esses indivíduos se tornam um ídolo, e o mesmo pode acontecer também no caso da ideia, doutrina ou filosofia. Muitas das vezes, essas ideologias dão bases ainda mais sólidas para que o ídolo se torne inquestionável e blindado das críticas, pois as pessoas querem acreditar que aquilo é a verdade absoluta e incontestável. Eis a adoração em sua essência fundamental.
Uma pessoa sensata irá usar a razão ao invés da aceitação, já o fanático tentará distorcer os fatos ao máximo, chegando ao ponto de acreditar cegamente em qualquer coisa absurda e até lutar para defender isso.
Em muitos casos vi a ideologia chegando primeiro à pessoa, que se tornará fanático posteriormente, antes mesmo de conhecer o seu objeto de adoração (ídolo). Mas o oposto pode acontecer também. Embora o ser humano seja racional, muitos se deixam guiar, quase que de forma instintiva, pelas suas emoções, ao invés da razão e é por isso que o fanatismo se tornou tão comum em nossa sociedade.
Aqueles que alimentam o fanatismo pela política
Figuras sombrias como Adolph Hitler, Benito Mussolini, Fidel Castro, Hugo Chavez, Nicolás Maduro, Che Guevara, Osama Bin Laden, Augusto Pinochet, Mao Tsé Tung e vários outros, fizeram (e ainda fazem) a cabeça muitos fanáticos que concordaram com suas ideias, ignoraram seus atos errôneos e até mesmo cometeram atrocidades em seus nomes.
Nosso país teve e ainda tem sua dose de fanatismo na política. Os presidentes Lula e Jair Bolsonaro, transformaram seu populismo exacerbado em uma seita onde ambos lideram e aqueles que os criticam se tornam inimigos automaticamente.
A religião como um absoluto
Assim como na política, na religião também temos muitos ídolos e ideias que assolam e deixam perplexas muitas pessoas com seus atos extremos.
O maior exemplo disso são os grupos terroristas Hamas, Al Qaeda e EI (Estado Islâmico). Em nome de uma guerra santa islâmica (Jihad), esses grupos já decapitaram, torturaram e mataram muitas pessoas que foram considerados pelo grupo como infiéis.
A igreja católica, nos séculos passados, também teve seu legado de fanáticos pela história. Indulgências eram vendidas pelos religiosos por fortunas e guerras santas (Cruzadas) foram travadas também com o intuito de punir os infiéis.
No Brasil, seitas religiosas, como o protestantismo (popularmente conhecidos como “evangélicos”) costumam prometer “um pedaço do céu” e a “remissão dos pecados” para seus seguidores que melhor contribuírem com a causa da igreja. Com isso, os fiéis abrem, de uma forma bastante generosa, seus corações e suas carteiras.
Pastores evangélicos costumam pedir quantidades absurdas de dinheiro em nome de Deus. Curas “milagrosas” ocorrem com frequência nas igrejas, porém, há muitas formas de enganar essas pessoas que buscam desesperadamente por uma cura e infelizmente muitos desses “falsos messias” se aproveitam disso.
Além disso temos também casos de abusos sexuais, chantagens, charlatanismo e por aí vai… No espiritismo também há suas “maçãs podres”… Por exemplo, quem não se lembra do João de Deus? Não preciso dizer mais nada a partir daqui. Basta dar uma pesquisada que você verá…
Infelizmente, tudo que temos em nossa sociedade é plausível ao fanatismo e à corrupção, basta termos pessoas perversas envolvidos.
Seja racional
Se algo é bom demais pra ser verdade, desconfie. Não acredite cegamente no que falam e jamais tome medidas extremas por isso. A verdade é sempre uma: basta averiguar os fatos e você chegará nela. Precisamos nos prevenir do fanatismo questionando à tudo e a todos, inclusive nós mesmos. Muitas atrocidades deixariam de acontecer se as pessoas pudessem abrir os olhos e deixar de lado a idolatria.