XENOFOBIA EXPLÍCITA: Candidata goiana chama nordestinos de “vagabundos” nas redes sociais

Nesta última sexta-feira (20), a candidata a vereadora Geila Silva de Souza (PSDB), de 44 anos, é investigada por suspeita de ofender nordestinos ao ser derrotada, com apenas 40 votos nas urnas, nas eleições de Caldas Novas (GO).

Nas redes sociais circulam vídeos dela que mostram a candidata revoltada por não ter sido eleita e acusando os nordestinos que vivem na cidade de terem vendido seus votos, além de explicitamente chamá-los de “vagabundos” e que “nordestino tem de ficar na corrente para ser humilhado e sacrificado”. Em outro vídeo ela fala que “nosso povo nordestino só sabe parir. Especialmente as mulheres. Só sabem parir para os outros criarem”. Confira o vídeo na íntegra:

https://youtu.be/v_WGLucXAZQ

Há um áudio dela, que também circula nas redes sociais, onde ela complementa “Gente, porque que nós não junta uma equipe boa e faz uma reunião com a nossa patroa para botar esse povo nordestino tudinho fora desses hotéis aí… Dar um castiguinho neles, entendeu?”.

Geila Silva, após ser interrogada pela imprensa, disse que tudo não passava de “uma brincadeira que nunca teria que sair dos grupos de WhatsApp”. Ela disse ainda que chegou a ir até a polícia para registrar uma ocorrência devido às ameaças que começou a receber desde então.

O PSDB, informou que o diretório do partido em Caldas Novas discorda plenamente do que a candidata disse, e logo que souberam, contactaram a candidata para a orientar sobre o erro cometido por ela. O partido afirmou que a candidata é uma mulher muito simples e agiu “diante de forte emoção” por causa da derrota nas urnas.

A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar o áudio e o vídeo da candidata que estão em circulação pela internet. Gustavo Ferreira, delegado da Polícia Civil, disse que ouvirá o parecer de Geila nos próximos dias.

“Este crime é um crime de xenofobia que dá uma pena de até cinco anos de reclusão. Em breve a Polícia Civil vai ouvi-la e concluir esse procedimento encaminhando ao judiciário”, disse o delegado encarregado da investigação.

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