No último domingo (03), profissionais de imprensa foram agredidos durante manifestação em Brasília. O mais irônico de tudo isso, é que a agressão aconteceu no “Dia Mundial da Liberdade de Imprensa”.
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As agressões mostram um aumento da agressividade aos jornalistas, que desde sempre foram alvos, já que estão na linha de frente para comunicar às pessoas, mas nos últimos tempos, se tornaram alvos de pessoas radicais, de extremistas.
É importante deixar claro que há jornalistas excelentes e ruins, assim como médicos incríveis e medíocres, policiais sensacionais e fracos. Como em todas as profissões, há todos os tipos de pessoas e por isso é preciso procurar separar o que cada um é.
Mas independente de ser um profissional ou ruim, nada justifica uma agressão a quem estava simplesmente fazendo o trabalho. O jornalista geralmente é um empregado de uma empresa e faz o trabalho de acordo com as diretrizes do veículo de comunicação.
Não tem sentido querer odiar um jornalista pelo seu trabalho. O mais lógico seria mudar de canal, cancelar a assinatura ou enviar uma mensagem para a direção da empresa e explicar os motivos porque não gosta da linha adotada por ela. Mas agredir, jamais.
Outro fato que é importante explicar, é que ultimamente os ataques vem de apoiadores do atual governo. Não cabe ao jornalista falar bem do governo ou puxar saco. Ele precisa estar a favor do bem social e não de politicagem.
Existe sim uma função que o bacharel em Comunicação Social pode desenvolver que se encaixa nesse quadro, é o assessor de imprensa. Este sim, precisa falar bem do cliente e procurar aquilo que há de melhor para ser exposto às pessoas.
O jornalista, não. Ele precisa cobrar e expor. Não vou ser inocente de falar que todos fazem bem o trabalho, mas como disse há alguns parágrafos, há vários tipos de profissionais e é preciso analisar bem cada um deles.
Vivemos tempos complexos. Onde cada um que expressa sua opinião sofre ataques. E esse fato contra os jornalistas precisa ser apurado e duramente punido conforme a lei. Pois senão, pode se tornar tendência.
E o pior é que em tempos onde o extremismo está em alta, logo as agressões podem se tornar crimes piores, afinal para esse pessoal, quem não pensa como eles, é um inimigo. E assim, até mesmo mortes, podem ser justificadas: “Ele era da emissora que não gostava do governo, merecia morrer mesmo. Traidor da pátria”.
O quadro pode ser mais tenso, pois com essa linha de pensamento, qualquer um que pensar diferente, pode sofrer. Já não basta o terror psicológico que eles causam nas redes sociais com qualquer comentário que consideram fora da linha de padrão deles.
Temos que lutar pelo amor, pela paz e por dias melhores. Respeitar o direito de cada um opinar, mas nunca irem contra os fatos. Saber argumentar e entender o outro, ter empatia. E saber que somos todos diferentes em várias coisas, mas também temos semelhantes em outras várias.
Não é bom deixarmos um linha extremista tomar conta do pensamento. A História mostra que quando se unem, criam um inimigo em comum, coisas muito ruins podem acontecer. Vamos aprender a conviver com a diferença. Saber debater e buscar soluções no campo das ideias, ao invés de violência.
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