Vivemos em um país polarizado onde muitos cidadãos vivem de ideologia e até mesmo se afastam de familiares e amigos em prol de uma crença que nem sabem se realmente é verdade. Alguns sabem que as ideias em que acredita não passam de fake news, mas seguem defendendo porque fazem “cócegas nos ouvidos”.
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Mas tem outros, mais espertos e também mais cruéis, sem ética alguma, que aproveitam esse movimento onde a ignorância reina, para ganhar mais dinheiro, com a criação de sites voltados a um extremismo ideológico, na maioria das vezes, e na veiculação de notícias falsas que chamem a atenção deste determinado público.
Estes sites, onde os seus donos, que nem podem ser chamados de jornalistas, utilizam técnicas sensacionalistas, com títulos que vão ao encontro do pensamento de milhões de extremistas, e ignoram a verdade, apenas para ganhar cliques e conseguir alguns milhares de reais no final do mês.
Vou explicar: todos os sites que aparecem propagandas aleatórias em suas páginas, possuem uma parceria com o Google e seu programa de publicidade, chamado de Adsense. Nele, os portais ganham por acesso, ou seja, quando a propaganda aparece para o internauta, e ganham mais ainda quando a pessoa clica na propaganda que está naquele site.
Desta forma, os portais de fake news, principalmente de política e necessariamente voltado para agradar opiniões de extremistas, faturam valores altíssimos por mês com a veiculação de notícias falsas. Basta observar a quantidade de notícias falsas que tem circulado e como elas surgem mais forte do que as matérias que as desmentem.
Assim, para pessoas sem ética alguma, este momento de polarização e emburrecimento da população, é totalmente favorável. Afinal, estes sites, que muitas vezes são desconhecidos de uma ideologia, são acessados por milhões, pela outra ideologia, conseguem mais de 1 milhão de acessos por mês sem dificuldades, alguns ultrapassagem a barreira dos 20 milhões de acessos.
O Google deveria desmonetizar sites que publicassem fake news para cortar a força deste negócio tão cruel e que pode custar vidas. Além do estrago que já causou, de separar as pessoas e propagar o ódio entre a própria população.
Mas enquanto isso não acontece, é preciso que as pessoas prestem atenção nos sites que entram, nos títulos, caso seja adjetivado demais, ou seja, se fala sobre “Tal pessoa destruiu outra pessoa” ou “Descoberta fraude” e alguns outros que sugerem teorias da conspiração, verificar se outros portais publicaram, consultar as fontes e assim, se resguardar das informações falsas.
Já quem segue acreditando em notícias falsas e compartilhando só para massagear o ego e porque quer que aquilo seja verdadeira, mesmo sendo falso, não vai mudar o fato de que a informação é falsa e só está prejudicando ela mesmo e o círculo social que ela tem acesso. É preciso ter cautela ao compartilhar informações.
Fiz um vídeo onde falo um pouco mais sobre como as fake news são lucrativas. Confira:
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