Na manhã desta terça-feira (07/03), a Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Barra do Garças, deflagrou a “Operação Perfídia” para cumprimento de 12 ordens judiciais contra integrantes de uma organização criminosa envolvidos em homicídio, porte ilegal de arma de fogo e tráfico de drogas. A ação ocorre em quatro cidades de Mato Grosso: Barra do Garças, Pontal do Araguaia, Jaciara e Cuiabá.
A operação tem como base uma investigação realizada pela Polícia Civil após o homicídio de Lucas Rezende Rocha, de 28 anos, ocorrido em 03 de agosto de 2022, no bairro Santo Antônio, em Barra do Garças. Na ocasião, Lucas foi atingido por disparos de arma de fogo, efetuados por uma dupla, em uma motocicleta. Lucas trabalhava em uma lanchonete, onde aconteceu o crime, e foi a óbito no local.
Durante a investigação, a Polícia Civil apurou que o homicídio foi cometido por uma organização criminosa que queria comercializar entorpecentes na região de forma ‘exclusiva’. No entanto, a vítima estava vendendo substâncias ilícitas que não eram fornecidas pela facção. Com isso, um dos líderes da organização criminosa, que está preso na Penitenciária Central, em Cuiabá, ordenou a morte da vítima e outros criminosos cumpriram a ordem na cidade de Barra do Garças.
Os mandados expedidos pela 1ª Vara Criminal de Barra do Garças visam cumprir nove ordens de prisão e três de busca e apreensão. A operação conta com o apoio operacional da Delegacia Regional de Rondonópolis e da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), respectivamente, em Cuiabá e Jaciara.
Os delegados Pablo Borges Rigo e Adriano Marcos Alencar coordenaram as investigações que levaram à operação Perfídia. Quatro investigados são alvos da operação, sendo que alguns deles terão cumprimento de mais de um mandado prisão em decorrência da prática de outros crimes. No ano passado, dois envolvidos no homicídio de Lucas foram presos e outro foi morto em Barra do Garças durante um roubo.
O nome da operação, Perfídia, remete à deslealdade e à traição, fatos evidenciados no caso. Um “amigo” da vítima, ao fazer uma entrega de droga, seria morto, mas informou que o dono da droga e quem vendia o entorpecente era Lucas. A partir daí, a organização criminosa ordenou a morte de Lucas.
A Polícia Civil de Mato Grosso continua realizando ações para combater organizações criminosas e garantir a segurança da população.
