Polícia Civil deflagra operação contra administradora do Ganha Tempo

Com informações da Assessoria da Polícia Civil

Foi deflagrada nesta terça-feira (01), pela Polícia Civil de Mato Grosso, a Operação tempo é Dinheiro, que investiga irregularidades cometidas pela empresa Rio Verde, que administra unidades do Ganha Tempo no estado.

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A ação teve início após o governador Mauro Mendes pedido que a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e a Controladoria Geral do Estado (CGE), investigassem possíveis irregularidades que estariam sendo cometidas pela empresa.

Uma auditoria da CGE apontou a existência de supostas irregularidades. A investigações reuniu relatórios de auditoria da CGE, Seplag e diligências realizadas pela Deccor e Delegacia Regional de Barra do Garças.

Assim, 19 mandados de busca e apreensão foram expedidos e foram decretadas medidas cautelares contra os gerentes de unidades e gestores da empresa, que determinaram a suspensão do exercício das funções deles na empresa e na estrutura do Ganha Tempo.

Além disso, eles também não podem manter contato com os demais funcionários da empresa. Desta forma, o Estado deverá assumir a gestão das unidade e a prestação dos serviços, e em 90 dias se manifestar caso existir a necessidade e viabilidade de intervenção na concessão.

Também foi determinado o bloqueio de R$ 6.366.858,81 nas contas da empresa e do sócio administrador. Este valor seria o provável prejuízo sofrido pelo Estado, em relação a pagamentos de atendimentos com indícios de fraude, no período de março de 2018 a janeiro de 2020.

Segundo apurações, foram encontrados indícios de lançamento de atendimentos fictícios por parte da empresa, o que gerava uma contraprestação estatal indevida. Condutas da empresa para dificultar a fiscalização também foi apontada.

A CGE avaliou que no período de março de 2018 a fevereiro de 2019, os atendimentos irregulares teria gerado um aumento indevido de 39,4% no valor pago por atendimento efetivamente prestado. Outra auditoria estimou que no período de 2019 a 2032, o Estado deva desembolar aproximadamente R$ 500.261.550,00 com o contrato, mas com as correções de inconsistências, o valor iria para R$ 250.425.932,00.

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