O primeiro seriado brasileiro da Netflix, “3%” teve a terceira temporada lançada no mês de junho, mas devido a outras prioridades, correria e tudo mais, só conseguir terminar de assisti-la agora, em meados de novembro. E estou bastante satisfeito com o que vi.
Para quem não conhece, “3%” é sobre uma sociedade distópica, onde nessa realidade, só três por cento da população, após um processo seletivo, que é realizado quando o cidadão completa 20 anos, pode viver em um lugar chamado “Maralto” e usufruir o melhor que a vida pode oferecer.
De cara já vem a injustiça de uma sociedade onde poucos vivem com muito e muitos sofrem para viver cada dia. Mas enfim, se você não viu ainda as duas primeiras temporadas, faça antes de seguir a leitura.
No final da segunda, vimos Michele colocando em prática o sonho dele de criar um lugar mais justo, denominado “Concha” para abrigar todos que tivessem o desejo de lá estar.
ALERTA DE SPOILER
Mas é claro que o Maralto não iria deixar barato. Aparentemente de longe, a comandante Marcela observava tudo que era feito. Os episódios iam em ritmo bacana, mas nada que me fizesse maratonas, até chegar o final da seleção feita pela Concha e a Marcela mostrar como podia manipular bem.
A vítima foi a iludida Glória, que pela necessidade de sentir poder, de provar uma suposta injustiça ou de simplesmente não concordar com Michele, liderou uma revolta e acabou tomando a Concha, com a promessa que o Maralto iria cuidar de todos que lá estavam.
O que levou meses para eu assistir, em uma noite vi os últimos três episódios, devido a velocidade no roteiro para a ação e a tensão que a série criou.
Achei uma excelente jogada a Marcela ter controlado o Rafael para ele sabotar a Concha sem saber. Mas achei muito forçado como a Joana descobriu essa manipulação mental. Não creio que seria tão “fácil”.
Só que sem essa descoberta, provavelmente o seriado teria terminado nesta temporada. A revolta dos eliminados e dos membros da Concha contra os soldados só foi possível por eles terem visto mais uma tentativa do Maralto de controlar e usar a população do Continente.
A quarta temporada será a última da série. Tem tudo para “3%” ser muito bem sucedida no seu final. A deixa é que deverá acontecer uma guerra entre o Maralto e a Concha, podendo se estender para outros moradores do Continente.
Sempre fui muito crítico quanto às interpretações de “3%”. Achei nas duas primeiras temporadas desempenhos fracos da maioria dos personagens, salvo a Joana e o Rafael. Nesta terceira, todos melhoraram e finalmente me convenci. Ainda devem os figurantes, pois as cenas onde muitos estão parecem bem “fake”. Mas no geral, o elogio é maior.
Esta última temporada pode ser o final da história dos personagens que acompanhamos por alguns anos, mas definitivamente pode deixar uma série marcada de maneira muito mais positiva do que na estreia. O discurso entre mocinhos e vilões, a complexidade entre o certo e o errado e a luta por objetivos, podem fazer da série uma referência.
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