Motociclista tem dedo decepado após atingir cabo solto em rua de Barra do Garças

Na manhã desta segunda-feira (17), o motociclista Maikon Dolglas Gonçalves da Silva, de 25 anos, teve uma experiência traumática ao trafegar pela rua José Valeriano Costa, próximo à arena do Porto do Baé, em Barra do Garças. Ao atingir um cabo solto, ele teve parte do dedo indicador direito decepado e, infelizmente, o cabo também atingiu o pescoço de sua esposa, Camila Amorim, de 19 anos, que também ficou ferida no incidente.

O casal, que reside em Aragarças – GO e estava a caminho do trabalho por volta das 5h30, agora busca respostas sobre a responsabilidade pela fiação solta na rua. Eles registraram o ocorrido na Polícia Civil e aguardam o laudo do exame de corpo de delito para prosseguirem com as providências. “Nós vamos correr atrás para descobrir qual era a empresa, até para conscientizar também outras pessoas”, afirmou Maikon.

Ao contatar o secretário municipal de Transportes e Serviços Públicos, Luan Alisson Gonçalves, a reportagem apurou que a fiscalização e manutenção dos fios são responsabilidade das empresas de telecomunicação e da distribuidora de energia elétrica que compartilham a mesma estrutura. A Energisa declarou que as empresas de telecom são responsáveis pela instalação e manutenção dos fios, enquanto a concessionária gerencia os postes.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) informou que a responsabilidade pela manutenção da fiação cabe às empresas distribuidoras de energia elétrica e operadoras de telefonia, conforme as regras de compartilhamento de postes firmadas entre as duas agências. Elas devem observar a legislação local e as normas de postes de cada distribuidora, assumindo a responsabilidade por suas ações ou omissões na gestão de redes de telecomunicações.

Em meio a essa situação, é relevante destacar o projeto de lei apresentado pelo vereador Pedro Filho (PSD) na Câmara Municipal de Barra do Garças em maio deste ano. O projeto tem como objetivo obrigar empresas de telefonia, internet e similares a realizar proteção, alinhamento e remoção de cabos, fios e similares excedentes, danificados ou sem uso instalados na cidade. O texto busca estabelecer regras e responsabilidades definidas para as empresas, incluindo prazos para adequação e medidas de fiscalização.

Diante dessa situação lamentável, espera-se que a responsabilidade pela manutenção adequada da fiação nas ruas seja esclarecida e que medidas efetivas sejam tomadas para prevenir acidentes similares no futuro.

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