Justiça condena a 25 anos de prisão os acusados de matar brutalmente um adolescente do interior de MT

A Justiça condenou a 25 anos e três meses de prisão Washington Rodrigo Silva Maia e Diego Silva Maia, acusados de matar de forma brutal os adolescente Rodrigo Martins Bueno (15 anos) em julho de 2018 em Canarana – MT.

No dia 07 de julho de 2018, por volta das 10h, Rodrigo, que estava andando de bicicleta na Avenida Rio Grande do Sul, no centro da cidade, foi agarrado pelos acusados, asfixiado, colocado dentro de um carro, onde foi espancado no percurso até uma estrada rural na 3º agrovila da cidade (distante 5 km), teve a garganta cortada com um canivete e por fim, teve o corpo incendiado, ainda vivo.

Em julgamento ocorrido na manhã de segunda-feira (05/10), os réus, que foram julgados além do homicídio contra Rodrigo, por outras duas tentativas de homicídio, foram condenados pela prática dos crimes previstos nos art. 121, § 2º, II e IV, c/c art. 14, II, por duas vezes, e art. 121, § 2º, III e IV, todos do Código Penal. O Juiz Dr. Conrado Machado Simão, da 2º Vara da Comarca de Canarana, fixou a pena definitiva com a unificação de delitos em 25 anos, 03 meses e 16 dias de reclusão, sob regime fechado.

Familiares e amigos contam que Rodrigo Bueno era um jovem de boa conduta. Ele não tinha passagens pela polícia. Que brincava de soltar pipa e sonhava em ter um motocicleta de centenas de cilindradas. O motivo do crime não ficou esclarecido. Em depoimento à Polícia na época, um dos participantes do crime, contou que Rodrigo se debatia e dizia que a pessoa que eles buscavam não era ele. O corpo de Rodrigo foi encontrado na beira de uma lavoura de milho, por um trabalhador que transitava pelo local. 

Na sentença o Juiz explanou que “a vítima era adolescente, pessoa de tenra idade, sendo que a vida ceifada acarretou evidente abalo emocional e estrutural em seus familiares”. Ainda, justificando agravamento na pena, é evidenciado “que o delito também trouxe graves consequências de ordem coletiva em nosso meio social. A brutalidade da ocorrência do delito em plena via pública, de alta movimentação, traz descrédito para as instituições, fato reprovável e que deve ser punido nos ditames legais”.

O trabalho de investigação do caso foi coordenado pelo delegado, Dr. Deuel Santana. Toda equipe da Polícia Civil, de escrivães e investigadores, que tem à frente o policial Valdivino Vital, atuaram na elucidação da autoria do assassinato.

Fonte: O Pioneiro

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