A Polícia Civil de Goiás (PCGO) está investigando um grave caso envolvendo um ginecologista preso em Goiânia, suspeito de cometer crimes sexuais contra suas pacientes. Segundo a delegada Amanda Menuci, da Delegacia Estadual de Atendimento à Mulher (Deaem), relatos das pacientes sustentam as acusações e, até o momento, cinco vítimas já foram identificadas, com idades entre 15 e 32 anos na época dos crimes.
O caso ganhou notoriedade após uma das vítimas vir a público, relatando que teria sido abusada pelo médico em 2014, aos 32 anos. Durante a consulta, a vítima afirmou que o médico pressionou seu órgão genital contra ela, o que a levou a encerrar imediatamente a consulta. Além disso, a mulher disse que percebeu olhares suspeitos do médico enquanto se vestia.
De acordo com a delegada, os depoimentos das vítimas apontam que o médico chegou a dizer durante as consultas que elas precisavam ficar excitadas para que os exames ginecológicos dessem certo. Em um dos casos, o ginecologista teria chegado a ejacular na barriga de uma das vítimas.
O médico foi preso preventivamente após o marido de uma paciente agredi-lo, quando descobriu que sua esposa também teria sido vítima de abuso. A Polícia Civil divulgou a imagem do suposto autor para que outras possíveis vítimas possam identificá-lo e denunciá-lo.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) esclareceu que o médico é servidor efetivo da Secretaria Estadual de Saúde, cedido ao município de Goiânia, e que não recebeu nenhuma denúncia contra ele durante seu período no Ciams Novo Horizonte. A secretaria afirmou que acatará qualquer determinação judicial sobre o caso e reiterou que não compactua com atos de desrespeito aos usuários.
A investigação continua em andamento, e a polícia espera que a divulgação da imagem do suspeito possa encorajar outras possíveis vítimas a denunciá-lo, contribuindo para a elucidação do caso e a justiça para as mulheres que foram afetadas por esses crimes.
