Tatiane Borralho de Oliveira Silva foi sentenciada a 22 anos de prisão em regime fechado por encomendar o assassinato de seu ex-marido, o sargento da Polícia Militar Noel Marques da Silva, em agosto de 2020. O executor do crime, Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida, que seria amante de Tatiane, recebeu uma condenação de 18 anos de prisão em regime fechado.
Segundo a denúncia, o crime ocorreu na noite de 22 de agosto de 2020. Noel estava na frente da casa de seu irmão, onde passou a morar após se separar de Tatiane, quando Cleyton e um comparsa o alvejaram com disparos de arma de fogo.
Tatiane teria contratado Cleyton para executar o crime, e sua mãe, Ana Lopes Borralho Filha de Oliveira, foi denunciada por instigar a filha a contratar Cleyton para assassinar Noel.
De acordo com os registros, Tatiane estava casada com o policial militar, mas tinha relacionamentos sexuais com outros homens durante esse período, inclusive com Cleyton. O motivo pelo qual ela ordenou a morte de Noel seria para obter os bens do casal e receber pensão.
No dia do crime, após a execução do militar com dois tiros, a viúva “agiu de forma fria e dissimulada” ao comparecer ao local, mostrando-se mais preocupada com o veículo e a motocicleta de Noel do que com sua morte.
“A conduta do acusado foi praticada de forma premeditada e planejada, fria e covarde, o que distingue sua ação da normalidade do tipo penal”, afirmou a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que presidiu o julgamento na 1ª Câmara Criminal de Cuiabá.
O júri decidiu pela condenação de Tatiane e Cleyton, mas absolveu Ana Lopes por não considerar que ela contribuiu para a prática do crime. A pena da viúva foi estabelecida em 22 anos e a de Cleyton em 18 anos.
No ano seguinte, o filho de Noel, Noel Marques da Silva Júnior, também foi assassinado após pressionar e insistir para que a polícia se empenhasse na investigação da morte de seu pai. O assassino de Noel Júnior também seria Cleyton. Esse caso ainda aguarda julgamento.