Barra do Garças é uma das mais belas cidades do estado de Mato Grosso e sem querer “puxar a sardinha”, fazemos parte de uma das regiões mais belas do Centro-Oeste. Afinal, somos irmãs de Aragarças e Pontal do Araguaia e as três apresentam belezas que atraem pessoas do mundo todo.
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Porém, a situação mudou após o “boom” dos casos de coronavírus em nossa cidade. São 36 confirmados até o momento que escrevo esse artigo (12.05), o que começou a repercutir em todo o estado, já que somos também a cidade com mais óbitos de Mato Grosso: três ao todo, além de um quarto, mas que foi creditado a cidade de Ponte Branca.
Tanta publicidade negativa, não foge de muitas das grandes e médias cidades brasileiras, afinal, o vírus se espalha e agora expande além das capitais, para o interior. Mas Barra do Garças, começa a sofrer, uma espécie de “bullying” por parte de cidades vizinhas.
Segundo uma nota do portal RD News, o prefeito de Nova Xavantina (150 KM de Barra), João Cebola, orientou os moradores a não vir para cá. Há ainda a ameaça de isolamento por 14 dias para quem desrespeitar. Já no estado de Goiás, em Bom Jardim (36 KM de Barra), o prefeito Odair do Odélio fez a mesma coisa com os moradores. Ameaçou de ficar de quarentena quem viesse para Barra do Garças.
É lamentável esse tipo de atitude e a forma como a situação se tornou, já que ao invés de oferecer apoio e solidariedade, pelo menos pelo que diz a nota, há esse tipo de ameaça contra os moradores. Mas se analisarmos sem a paixão de morarmos aqui, qual seria sua atitude como prefeito dessas cidades?
Antes de Barra do Garças ter esse aumento de casos, era (e ainda é) Rondonópolis, que estava com mais casos entre as cidades do interior. Mas em nenhum momento vi o prefeito daqui fazer ameaça a população sobre quem viajasse para lá. Também não vi nenhum comentário, positivo ou negativo de alguma autoridade pública sobre isso. Porém, entre a população, sim, observei alguns comentários sobre o perigo que é lá.
E hoje, infelizmente, muito devido a aglomerações desnecessárias, como foi o caso das Águas Quentes ou grande parte da população que queria ir no Porto do Baé ou as famosas “resenhas”, hoje somos a quarta cidade com mais casos da doença em todo o Mato Grosso. Claro que vai haver consequências esse tipo de fato.
Hoje, em Barra, a transmissão já é comunitária, ou seja, não sabe de onde vem a contaminação. Uma pessoa que nunca pisou fora do país, pode contaminar outra pessoa que nunca viajou. E a tendência é aumentar os casos. As consequências são os turistas se afastarem daqui, como se afastaram de qualquer ponto em todo o Brasil.
Tenho a visão de que se as pessoas tivessem colaborado, hoje teríamos menos da metade dos casos confirmados, e menos da metade dos casos que nem chegam a entrar nas estatísticas oficiais. Mas vivemos os últimos 50 dias na base da “farra” observada pela própria população que não utilizava máscaras e seguiam com aglomerações, mesmo que não em boates, mas em festas particulares, em casas grandes da cidade…
Não considero portanto, o “bulliyng” como uma forma ideal de diplomacia entre as cidades. Não vou condenar os prefeitos pelo medo de seus municípios terem também um boom de casos. Mas a forma como foi divulgado, pelo menos a forma que a informação chegou aos meios de comunicação, essa sim, não foi a melhor ou mais amigável.
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