ANÁLISE SEMANAL – Covid-19 em nossa região: os absurdos da pandemia

Neste domingo (20/06), comecei um periódico semanal com a análise da pandemia da covid-19 nos municípios de Barra do Garças, Pontal do Araguaia e Aragarças. Poderia muito bem fazer uma matéria bem explicada, mas aí não poderia chamar a atenção com relação aos absurdos que estamos vendo nos últimos tempos, portanto este será um artigo de coluna, onde não pouparei palavras, doa a quem doer.

E já começamos bem… Podemos ver nas imagens abaixo que há interdições acontecendo no município para evitar aglomerações. Até aí tudo bem, mas e os lugares que continuam tendo aglomerações? Me questiono se há alguma escolha seletiva para quais lugares devem ou não seguir o decreto.

É claro também que não podemos passar a mão na cabeça dos cidadãos que estão aglomerando nesses lugares. Isso é muito errado! Porque vocês querem se aglomerar tanto assim no meio de uma pandemia? Querem levar o vírus pra casa e infectar o resto da família?

Barra do Garças já vive a 3ª onda há algum tempo, e nessa semana vimos uma média de mais 500 casos ativos, ou seja, mais de 500 barra-garcenses infectados pelo vírus, sendo que pelo menos 8% deles estão internados, e uma média de 4% estão na UTI (se basearmos no maior número de casos ativos).

Tivemos 7813 pessoas infectadas no município, segundo o último boletim, se formos retirar as reinfecções, que segundo estudo publicado pela The Lancet é de cerca de 0,65%, arredondando para 1% teremos 7734 pessoas que foram infectadas com a covid-19 em Barra do Garças, o que equivale a 12,65% da população (segundo o último censo de 2020, Barra do Garças tem 61135 habitantes).

As UTIs também vivem lotadas. Há locais na cidade onde pessoas se aglomeram e nada é feito. Fica um questionamento para as principais entidades responsáveis pelo controle da situação no município (Prefeito, Secretaria de Saúde, Defesa Civil, Polícia Militar): As medidas restritivas são para todos ou há lugares excepcionais que fogem da regra? Porque não temos mais UTIs na cidade?

Como de costume, estamos vendo mortes todos os dias também, seja de pessoas do município ou não, e mesmo assim continuam fazendo errado. Essa vai para as pessoas que continuam se aglomerando, sem se importar com o perigo do vírus: Quando vão aprender? Precisa morrer mais pessoas para que comecem a tomar cuidado?

Aragarças não tem mortes há mais de uma semana, e é notável que o município está tendo um bom controle da pandemia (Barra do Garças poderia aprender um pouco com nossos vizinhos).

Mesmo assim ainda há algumas dúvidas que acredito que muitos tenham em relação aos boletins: diferentemente dos boletins de Barra do Garças, a cidade de Aragarças não apresenta o número de casos ativos (pessoas que atualmente estão com o vírus), seriam esses os casos em tratamento? E o que são exatamente os casos em monitoramento?

Publicamos todos os dias, segundo informações recebidas, que os casos em monitoramento são pessoas que tiveram contato com pacientes infectados. Esses cidadãos estão sendo testados para saber se estão infectados ou não? Irei buscar essas informações com o Secretário de Saúde de Aragarças, Agne Reis, e publicarei aqui no portal, porquê até o momento é algo que também não entendi muito bem.

Pontal do Araguaia, dentre as três cidades, é a que tem a melhor gestão com relação a pandemia, embora o número de habitantes no município seja pequeno (6578 habitantes segundo o último censo de 2020).

A principal alteração que podemos ver nos últimos boletins são a classificação de risco, que varia entre moderado e alto, porém essa classificação é feita pela Secretaria Estadual de Saúde baseado nas estatísticas do município com relação ao número de habitantes. Pontal do Araguaia tem apenas 60 casos ativos, segundo o último boletim, o que é ruim para um município tão pequeno.

O município também está distribuindo vacinas a população, e a estimativa é que logo toda a população esteja imunizada, mas isso dependerá do número de doses que o Estado envia para Pontal do Araguaia. Recentemente conversei com a coordenadora da vigilância epidemiológica, Dana Vilela, que explicou tudo sobre a vacinação na cidade. Você pode conferir a matéria completa neste link.

Em resumo, acho que há uma falta de noção grande em muitas pessoas com relação a essa pandemia e que as medidas restritivas estão muito brandas, e poderiam ser mais rígidas (fora os estabelecimentos que não foram punidos por permitirem ou promoverem aglomerações, não sei ainda o porquê).

Espero que com esse artigo alguns possam se conscientizar e tomar mais cuidado daqui pra frente. Não vou ser utópico e achar que com isso as pessoas vão entender, porque para muitos isso vai “entrar por um ouvido e sair pelo outro”, mas se conseguir mudar pelo menos um punhado, acho que já está valendo a pena.

Posso parecer chato, mas quero que entendam que isso não se trata de política ou somente economia, mas uma coisa no mínimo essencial: saúde! Afinal, ninguém quer morrer, certo? Fiquem com Deus e se cuidem!

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