A teoria do bode na sala praticada por Weintraub

Como todos que me conhecem são sabedores, meu posicionamento político é de centro-direita, e, baseado nisso posso ser considerado pró-governo Bolsonaro, porém, existem fatos de natureza politico-administrativas que mesmo sendo pró-governo eu não posso concordar, e algumas estratégias em especifico enxergo com certo ceticismo.

Pois bem, o nosso Ministro da Educação Abraham Weintraub veio a público nessa ultima sexta-feira dia (18/10), dar a noticia sobre o descontingenciamento total nas Universidade e Institutos Federais, o que é uma boa notícia, porém, não passa por despercebida a estratégia usada nessa situação, uma tática já conhecida como “A teoria do bode na sala”.

E o que seria a teoria do bode na sala?

A “teoria do bode” na sala tem muitas vertentes, para cada seguimento em que se usa como referência, cita-se uma origem, mas nenhuma delas tem-se certeza ser a original. Particularmente, gosto e acho mais propícia a teoria do bode na sala que faz referência a antiga União Soviética.
Fala-se que no período do socialismo soviético, foram confiscadas grandes propriedades privadas dos aristocratas e da igreja ortodoxa para serem distribuídas entre o povo, e dentre essas propriedades estavam grandes casarões onde varias famílias passaram a viver juntas sob o mesmo teto, onde imperava a miséria por conta de um regime utópico que só beneficiava os grandes lideres que ditavam a mão-de-ferro para a população e como deveriam levar suas vidas.
As famílias passaram a compartilhar os ambientes comuns dos casarões como cozinhas, banheiros, salas, e ambientes de convívio mais frequentados por todos, o que causava um enorme desconforto.
Diante disso os moradores procuraram a autoridade local para reclamar sobre a situação complicada em que viviam, e pedir para que cada um tivesse sua própria casa. A insistência foi tanta que o inspetor ordenou que fosse colocado em cada casarão um bode, e recomendou que todo o cuidado com aquele animal deveria ser tomado pelos moradores, uma vez que ele era propriedade do estado como tudo naquele pais, onde a prioridade era tornar-se uma potência bélica antes de qualquer coisa.
Sendo o bode um animal desleixado e fedorento por natureza, defecava em qualquer lugar da casa, comia roupas, utensílios, era um animal barulhento e bagunceiro.
A partir daí, passaram-se algumas semanas e o problema das famílias deixou de ser o fato de dividirem a mesma moradia e passou a ser o bode que infernizava a convivência de todos. Foi então, que todas as famílias que viviam no casarão procuraram novamente o inspetor e exigiram que de lá fosse retirado o bode.
O inspetor informou a todos que iria utilizar de “toda sua influência” com o alto escalão para resolver a situação deles, mas que não seria fácil, e os fez prometer que não criariam mais complicações no futuro caso o problema fosse resolvido. Todos concordaram e então bode foi retirado das casas, e todos passaram a viver mais felizes e satisfeitos.

E a moral da história é:

Nada é tão ruim que não possa piorar, e sabendo disso, algumas pessoas nos tiram o que já fora conquistado, por um tempo, e depois nos devolvem como se fosse um grande mérito seu.

Muito cuidado!
As vezes, alguém que solucionou seu problema, pode ter sido a mesma pessoa que o colocou lá. E você sem perceber, vai achar que ficou lhe devendo um favor pro resto da vida.

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