O filme “Entre Facas e Segredos” foi lançado em 2019 sem muito alarde. Tanto que eu não vi uma matéria ou nenhuma publicidade divulgando o filme. E ele conta com elenco estelar: Daniel Craig, Chris Evans, Christopher Plummer, Toni Collette, Michael Shannon e Jamie Lee Curtir. Um verdadeiro “time das estrelas”.
Ainda assim, com pouca publicidade, só descobri esse filme agora, em março. E valeu à pena cada minuto das 2 horas e 9 minutos que tem a produção. Ele é sobre a morte de um escritor de livros de mistérios, Harlan Thrombey, que é encontrado com o pescoço cortado, logo após completar 85 anos. E aí, todos da família se tornam suspeitos. Bem ao melhor estilo de Agatha Christie, a escritora de maior sucesso do gênero.
Os policiais então chamam todos os presentes na festa de 85 anos da vítima, além de funcionários da casa para interrogatório. Entender o que aconteceu na noite anterior. E aí as peças vão se encaixando e a história vai sendo montada conforme os depoimentos vão surgindo. As mentiras, o espectador acompanha e vai se envolvendo na história.
É muito bacana porque você, como alguém que vê o que eles não estão vendo, percebe como as pessoas são complicadas e que cada um ali, teria um motivo para ter matado o milionário escritor. Já no meio da história, sabemos o que de fato aconteceu com o milionário e achamos que as coisas vão se encaminhar para a previsibilidade. O que não é totalmente verdade.
Eu mesmo formulei minha teoria e até pensei que estava certo em determinado ponto, mas os fatos que foram acontecendo, quebraram minha linha de raciocínio e me deixaram surpreso de como o roteirista conseguiu desenvolver uma ideia de maneira original, e com muitas referências mesmo para agradar os fãs de Agatha Christie.
O mais legal de tudo isso, é que para o leitor da Rainha do Crime, a história é contada muito parecida com os livros dela, mas com um toque de modernidade, passado em dias atuais, porém sem deixar aquele ar que só quem leu algum romance dela, entende.
O diretor também decidiu mostrar todos os personagens como humanos. Nem tão certinhos, nem tão vilões. Com erros como os humanos são. Sem robotizar ou colocar em um extremo qualquer um dos personagens.
Um dos detalhes mais legais é que todos eles dizem gostar da enfermeira do escritor, uma imigrante, que no final, todos eles ao falar sobre ela, narrou um país diferente. Não houve nenhuma coerência por parte dos personagens sobre as origens da moça.
É um filme para você apreciar cada detalhe e entender que precisa realmente prestar muito atenção a tudo que está em cena para entender como as conclusões foram tomadas. Nada é por acaso e por isso é bacana demais acompanhar o filme.
“Entre Facas e Segredos” também faz referências a outro grande detetive da história da literatura: Sherlock Holmes, escritor por Sir Arthur Conan Doyle. Até mesmo a construção do detetive protagonista tem um pouco do famoso detetive.
No fim, o longe entrega muito e faz você refletir, se envolver na história, entender os motivos, procurar um assassino ou defender um suicídio. Mexe com sua cabeça e é exatamente esse tipo de filme que eu curto tanto e se torna obrigatório para quem ama filmes policiais.
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