Com roteiro de Damon Lindelof, que ficou famoso pelo seriado “Lost”, o longa “A Caçada” é muito mais que um filme polêmico recheado de cenas de violência. Ele é uma reflexão necessária sobre os tempos atuais. E vou explicar o porquê.
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Então, se você ainda não viu, assista e depois siga a leitura, pois contém SPOILERS!
Em “A Caçada”, um grupo de elite literal sequestra conservadores para caçá-los como se fossem animais. Ele começa com 12 pessoas acordando em uma floresta sem saber que foram escolhidos para participar da caçada. Tem elementos de Battle Royale, já que rapidamente os personagens morrem.
Ele mostra esse lado que, se ainda não virou uma batalha sangrenta, segue um roteiro cruel com destruição de reputações em redes socias, nessa batalha infantil de “Esquerda x Direita”, onde ambos os lados tem pontos positivos e negativos, mas quando deixa o extremo tomar conta, só coisas ruins acontecem.
O filme é recheado de cenas de ação, eles prendem muito o fã de cenas de tirar o fôlego. Elas são extremamente violentas, mas como disse, o roteiro e a forma como ele é conduzido, vai muito além dessas imagens e só quem assistiu sem senso crítico algum, poderia afirmar que ele é só uma “grande batalha para chegar a um sobrevivente”.
Inclusive o filme se deleita de várias referências ao livro “A Revolução dos Bichos”, de George Orwell, onde os animais se revoltam contra os donos de uma fazenda e decidem eles mesmos tomarem conta do poder. Então criam um sistema “igual”, mas que rapidamente, quem está no poder (os porcos), começam a se dividir em várias outras ideologias e até mesmo a criar notícias falsas para um derrubar o outro. E o resto… bom, só lendo o livro mesmo.
O legal de “A Caçada” é que os criadores não quiseram falar mal ou bem de “Direita e Esquerda” e sim mostrar que ambas só se importam com as próprias verdades e não se importam em criar um mundo mentiroso só para justificar os próprios atos. Ou seja, não interessava para os “caçadores” se o “caçado” era culpado ou inocente, se na cabeça deles, eles já o julgaram e condenaram, então mereciam morrer.
Em uma das cenas, até mesmo uma personagem fala isso. Que a outra personagem não importa se está em uma caçada baseada em mentiras, só importa mesmo essa raiva dela, em rotular uma pessoa de determinada ideologia e caçar até matar. Sem se interessar se é humano ou não, apenas satisfazer o ódio dentro de si mesmo.
O filme é para ser visto para divertir, mas também para refletir. Os criadores já afirmaram que é uma sátira. Ele é exagerado ( ou não), ao levar no extremo de literalmente ideologias políticas se matarem por causa dessa visão e super dimensionar uma briga ou comentário na internet, como vemos muito hoje em dia.
E essa mensagem que captei, mesmo que não tenha sido o objetivo dos criadores, é bem semelhante como penso. Hoje, quando se fala de política, a pessoa não quer saber se é verdade ou não, ela só quer saber da verdade para ela, do pensamento dela sendo reforçado, mesmo que seja mentiroso, mas ela precisa, quer e vai defender a visão dela, independente dos fatos.
Vale conferir, e ter a mente aberta, que essa babaquice de ideologia política extremista só causa o mal e mesmo que o filme tenha mostrado de forma bastante exagerada, os prejuízos reais por tanta loucura, são bem visíveis em nossa sociedade, afinal, ao invés de nos unirmos, estamos nos separando e a humanidade não avança assim.
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