Piloto contratado para testar avião segue desaparecido há mais de 100 dias após viagem à Barra do Garças

O piloto Raphael Alvarez Fonseca, de 38 anos, natural de Cotia (SP), está desaparecido desde o dia 18 de dezembro de 2024. Ele havia sido contratado para um trabalho temporário na região de Barra do Garças (MT) e, até hoje, sua família não recebeu nenhuma informação concreta sobre seu paradeiro. Já se passaram 108 dias desde o último contato, e o mistério em torno do caso permanece.

De acordo com Genildo de Oliveira Fonseca, pai de Raphael, o processo investigativo tem sido marcado por lentidão e troca de responsabilidade entre diferentes delegacias. Atualmente, o caso está sob apuração da Delegacia de Polícia Civil de Barra do Garças. Mesmo diante da ausência de respostas, a família mantém a esperança de que Raphael esteja vivo e acredita que ele possa estar sendo mantido em cativeiro.

A Polícia Federal de Mato Grosso, que também acompanha o caso, informou que os detalhes permanecem em sigilo para garantir o andamento adequado das investigações.

Último contato e desaparecimento

Raphael fez sua última chamada de vídeo com o pai no dia 16 de dezembro, utilizando um número com prefixo da Bolívia. Dois dias depois, desapareceu. Ele havia sido contratado por Tiago Gomes para testar uma aeronave modelo Cessna 210, prefixo PT-SEL, pertencente a Pedro Henrique Borges da Silva. Raphael e Tiago deveriam levar o avião até uma fazenda na região de Barra do Garças, com previsão de devolução no dia 20 de dezembro.

Segundo dados da Força Aérea Brasileira (Salvaero), a última movimentação da aeronave ocorreu com decolagens e pousos registrados em cidades do Mato Grosso, como Rondonópolis e Poconé, onde o avião foi reabastecido. A comunicação com Raphael cessou no dia 17, quando ele informou à ex-esposa que estava em voo e não poderia conversar.

 

No dia 20 de dezembro, data prevista para o retorno da aeronave, Tiago Gomes deixou de responder às mensagens do proprietário do avião, o que aumentou a preocupação. Genildo registrou o desaparecimento do filho em São Paulo no dia 27 e, posteriormente, em Goiânia, diante da falta de informações.

Aeronave também é considerada desaparecida

O dono do avião, Pedro Henrique, relatou em boletim de ocorrência que foi vítima de apropriação indébita por parte de Tiago Gomes. A aeronave, fabricada em 1975, é avaliada em cerca de R$ 2,2 milhões. Após o sumiço de Raphael e do avião, Tiago chegou a prometer devolver a aeronave em janeiro, mas não apareceu na data combinada e cortou comunicação com o vendedor.

Até o momento, nenhuma pista concreta foi divulgada. A família Fonseca continua em busca de respostas e apela por maior empenho das autoridades. Quem tiver qualquer informação pode procurar a Delegacia de Barra do Garças ou entrar em contato com os canais oficiais da Polícia Civil.

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