Dados alarmantes do Ministério de Justiça e Segurança Pública revelaram que Mato Grosso se destaca negativamente no cenário nacional, ocupando o segundo lugar entre os estados com as maiores taxas de mortes em acidentes de trânsito. Segundo as estatísticas, em 2023, 876 pessoas perderam a vida no estado, resultando em 23,94 óbitos por 100 mil habitantes e uma média de duas fatalidades diárias.
Os municípios mais impactados foram Cuiabá, com 91 mortes, seguido por Sinop, que registrou 74 óbitos. Várzea Grande, Rondonópolis e Sorriso também apresentaram números expressivos, com 45, 38 e 36 mortes, respectivamente. Um dado preocupante é que, do total de vítimas, 713 eram homens e 163 mulheres.
Comparando com o ano anterior, houve um aumento significativo de 25,50%. Em 2022, Mato Grosso contabilizou 698 óbitos em decorrência de acidentes de trânsito. O estado que liderou o ranking foi Tocantins, com uma taxa ainda mais elevada, atingindo 32,15 por 100 mil habitantes.
O tenente coronel Adão César Rodrigues, comandante do Batalhão de Trânsito (BPTran), aponta as principais causas dessas tragédias: “Os acidentes estão majoritariamente relacionados às ações dos motoristas, como consumo de álcool, excesso de velocidade e ultrapassagens indevidas. Esses condutores conhecem as regras, mas negligenciam, seja dirigindo distraídos com o celular, excedendo a velocidade permitida, ou arriscando ultrapassagens em locais proibidos.”
Rodrigues destaca a importância da fiscalização como instrumento crucial para transformar comportamentos: “A fiscalização atua como um controle eficaz, aplicando medidas legais contra os maus condutores. Sua presença é fundamental para coibir ações e condutas inadequadas no trânsito, promovendo assim um ambiente mais seguro para todos.”